André da Farmácia

Moção de Congratulação à “Dona Neguita”

 Moção de Congratulação à “Dona Neguita”

Entrega de moção de congratulação à Dona “Neguita” pela dedicação, inspiração, ensino e por tudo o que fez pela música, em diversas escolas e eventos públicos na cidade de Sumaré.

Ao longo de sua carreira, promoveu 15 festivais de ballet e de música na cidade. Fundou e dirigiu por vários anos o Coral Estudantil do Colégio Comercial. Foi ela que executou, com seu coral, pela primeira vez, o Hino de Sumaré, em 1968, ano do Centenário da cidade.

SUA HISTÓRIA:

Dona Neguita nasceu em 1932, aqui pertinho, na Rua Dom Barreto. De família humilde, sua mãe era costureira e seu pai Fiscal da Prefeitura – teve uma infância feliz, marcada pelos bons professores do Grupo Escolar André Rodrigues de Alkmin. Na escola, aprendeu um pouco de música, gosto que trazia do berço e da convivência com músicos amigos da família, que tocavam em festas e saraus.

Casada com Wilson Lara Netto, Dona “Neguita” tem três filhos: Miriam Cecília Lara Netto, Paulo Eduardo Lara Netto e Maria Helena Lara Netto Murphy. Paulo e Maria Helena residem no exterior, assim como a maioria dos netos; Miriam é sua companhia mais próxima, já que o esposo Wilson é falecido.

Na época, a pequena Rebouças era um ninho de músicos. Boa parte das famílias, descendentes de italianos e portugueses, tocavam os mais variados instrumentos musicais.  Sua mãe cantava na igreja, seu pai tocava violão e seu tio, tocava violino. Havia pequenas bandas, orquestras, corporações musicais, serestas e seresteiros. Maestros e músicos de Americana e Campinas vinham dar aula de música em Rebouças. Nesse ambiente cresceu a menina Mildred, junto com seus irmãos Tidinho, Ronald e Matias, também contaminados pela música.

Com 12 anos teve lições de piano com a excelente Professora Margarida Porter, da Igreja Batista, e com 18 ganhou do pai esse instrumento, apesar das dificuldades financeiras da família.

Mais tarde, sempre querendo aperfeiçoar-se cada vez mais, entrou no Conservatório Carlos Gomes de Campinas, onde teve grandes mestres, entre eles o maestro Oswaldo Urban, e onde se diplomou aos 26 anos.

Anos a fio, deu aulas particulares em sua casa. Mais tarde abriu uma escola de Música no Clube Recreativo, onde ensinava piano, violão e depois balé.  Com a filha Miriam fundou então a primeira Escola de balé, que chegou a ter 350 alunos.

Sua ligação com a Paróquia de Sant´Ana é digna de especial registro. Dona Neguita tocou na Primeira Missa celebrada na Igreja Matriz em 1950. A partir de então teve sua vida musical ligada à Paróquia. Durante os 30 anos seguintes esteve à frente do coral da Matriz, como organista e como regente. Tocava nas missas e casamentos e durante toda a Semana Santa. Entre seus cantores e alunos, ela gosta de lembrar entre outros, o nome de Valdir Quental, que pegou a batuta da maestrina e até hoje está à frente do coral.

Após tantos anos, deixou de se dedicar totalmente à Igreja para cuidar melhor da família, mas continua até hoje a se dedicar à música.

Apesar do peso dos anos, “Dona Neguita” não para. Ela respira música por todos os poros. É a razão da sua vida. Por isso, continua se apresentando com o Coral da Terceira Idade, dá aulas no Instituto do Menor, apresenta a Cantata de Natal no Hospital Regional, etc. etc. etc.

Por tudo o que fez pela música da cidade, em escola e eventos públicos, “Dona Neguita” já foi homenageada com o título de Cidadã Sumareense, pela Câmara Municipal de Sumaré no ano de 2006.

“Acreditamos que a luz colocada no candelabro da História sempre mostra caminhos novos e exemplos a seguir”.

Portanto, pela sua trajetória de trabalho e conquistas, essa Moção é mais do que justa para congratular essa tão ilustre “Cidadã Sumareense“.

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Equipe Andre da Farmácia

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